No projeto da carioca Paula Neder, o branco e o tom mel da peroba defnem a base do ambiente, com marcenaria da Morada. Almofadas lisas da Lutèce Linhos. O banco de Alfo Lisi (Arquivo Contemporâneo) e os tapetes sobrepostos (LZ Studio) arrematam o pé da cama. Cadeira de Aristeu Pires e mesa de Simone Giovanella (Arquivo Contemporâneo). Almofada de arabescos da LZ Studio e mantas do Gabinete Duilio Sartori (listrada) e da Trousseau (de tricô). Os tons neutros dos revestimentos e da roupa de cama permitem brincar com as nuances dos acessórios conforme o humor ou as estações do ano. Aqui, cores alegres cobrem as almofadas e mantas. Com esta vista deslumbrante da praia de Copacabana, o proprietário do apartamento carioca sabia que bastavam poucos móveis para ele se sentir feliz na suíte de 50 m². “Da cama, da escrivaninha ou do banheiro, enxerga-se o horizonte. A paisagem parece um quadro vivo e norteou todo o projeto”, conta a arquiteta Paula Neder, que assina a reforma do imóvel. Na decoração, ela contou com a parceria de Beatriz Bensinger. Para não rivalizar com a beleza externa, a base do quarto é neutra: branco nas paredes, bege no piso de mármore e peroba na mobília feita sob medida. “Escolhemos também uma paleta de azuis e verdes, reforçando a sensação de calma. Priorizamos peças de design nacional a pedido do dono, um francês que admira o estilo de vida do Brasil”, revela Paula. A poltrona Oscar, de Sergio Rodrigues, convida a contemplar. O espelho da Stiledoc contrapõe a austeridade da poltrona (Minotti, marca italiana que também produz a mesinha). Almofada do Empório Beraldin e abajur da Ana Luiza Wawelberg. Detalhe da mesa de apoio. As duplas de criados-mudos (Casapronta) e abajures (Ana Luiza Wawelberg) conferem refinamento. Colcha matelassada da Trousseau e xales da Safira Sedas confeccionados pela Decoramelo. Tapete da By Kamy. Placas de MDF de 50 x 50 cm compõem o painel de 2 m de al tura atrás da cabeceira, que ganhou o mesmo desenho para criar unidade visual. A execução é da Móveis Russo. O estilo clássico foi o eleito pela moradora para o quarto de casal de 25 m². A arquiteta paulistana Paula Magnani interpretou essa preferência acrescentando elementos contemporâneos. “Ao escolher os criados-mudos e abajures, lancei mão da simetria e dos contrastes de linguagem. Isso ajudou a quebrar a rigidez do traçado retilíneo da cabeceira e da cama”, explica ela. As cores fortes foram deixadas de lado, e apenas as texturas e estampas se encarregam de criar a atmosfera de conforto. “Mesmo neutro, o papel de parede aquece o espaço”, diz. Elegante, o cinza se faz presente em detalhes: nos xales de seda que emolduram a persiana rolô, na manta sobre a colcha, no lençol de algodão puro e no tecido quadriculado do pufe. O rack, como a cabeceira, foram executados pela Marcenaria Medeiros. O desejo de Carolina era ter um quarto de linhas contemporâneas e nuances acinzentadas, sem esquecer o aconchego. Planejando o mínimo de interferências no ambiente de 17 m², a designer de interiores Luciana Penna, autora do projeto em São Paulo, sugeriu uma peça única de marcenaria, com criados-mudos suspensos num painel atrás da cama. “Acima da cabeceira de freijó, construí uma parede de gesso para criar um nicho, que abriga livros, esculturas e quadros. Elegi a iluminação indireta, o que reforça o clima intimista”, explica. Com todos os pedidos atendidos – inclusive o de reaproveitar a cortina e a poltrona do antigo quarto – a moradora se diz realizada. “Quando chego em casa, venho direto para cá. Adoro passar horas neste meu cantinho assistindo TV”, conta ela. Roupa de cama da Casa Almeida, banco aramado da Benedixt e tapete da Phenicia Concept. O nicho tem 35 cm de altura e fundo texturizado (revestimento Limestone 31, da Terracor). A iluminação fica embutida na parede de gesso. O latão da Via Manzoni (acima) faz as vezes de mesa de cabeceira e apoia bonecos e vasos – o azul é da Velha Bahia.Um painel de ponta a ponta, com 1 m de altura e coberto de chapa de aço galvanizado, desenha o fundo da cama. Esse material permite o uso de ímãs na superfície, prendendo fotos e lembretes. Publicitário e apaixonado por design, Daniel Sincorá, o dono deste quarto de 13 m², é um colecionador assumido: reúne desde livros de arte até bonecos da Playmobil, além de uma infnidade de peças e gravuras garimpadas em viagens. Ao contratar o arquiteto Thiago Tavares para cuidar do projeto do apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, pediu que cada centímetro fosse aproveitado para expor seus objetos favoritos. O profissional sugeriu uma decoração mais limpa, já que não faltariam cores aos acessórios. Parte da mobília foi substituída por itens de alvenaria – bancada abaixo da janela e uma estante junto à cabeceira com prateleiras de chapa de aço dobrada. “Parecia um quebra-cabeça incluir tanta coisa no mesmo ambiente, mas o resultado fcou leve e divertido, como o Daniel queria”, afirma o arquiteto. Na cama, colchas francesas da Fina Flor e almofadas da Oba!. A cadeira One, do designer alemão Konstantin Grcic, veio da Novo Ambiente. Traçado pela arquiteta, o painel da cabeceira foi produzido pela NAG Marcenaria. O abajur veio da loja Fernando Jaeger, e as obras de arte, da Mônica Filgueiras Galeria. Roupa de cama e manta do Mundo do Enxoval. <b>Quando a advogada Anna Haddad procurou a arquiteta Marcella Hecht Loeb para reformar seu apartamento em São Paulo, a primeira referência apresentada foi a imagem de um banheiro integrado ao quarto. “Sonhava com um espaço maior para me arrumar e ter os produtos de beleza sempre à mão. Dessa forma, a vida fica mais prática”, acredita Anna, que divide a suíte de 17 m² com o namorado – repare que a bancada de concreto, revestida de Tecnocimento, exibe duas cubas sobrepostas. Neutra, a ambientação priorizou poucos elementos, como os objetos lúdicos e as gravuras, dispostas na prateleira. O boneco de pano, que fica recostado ao travesseiro, representa Alex, personagem do flme Laranja Mecânica, uma homenagem da moradora ao cineasta Stanley Kubrick, de quem é fã. Para isolar as áreas, Marcella usou vidro com cantoneiras de alumínio cromado (Reflexos Vidros). O ponto de atenção é o armário sob a bancada do banheiro, revestido de laminado melamínico que imita teca. O designer de interiores paulistano Gabriel Valdivieso quis fugir dos padrões ao planejar seu quarto de 18 m². Em tons neutros, o ambiente anterior era inspirado no clima pacato da vida no campo. “As paredes lisas pareciam telas em branco esperando meu amadurecimento”, recorda. Com o passar do tempo, ele começou a desejar um local mais vibrante e buscou referências nos projetos do irreverente designer italiano Piero Fornasetti (1913-1988). Daí surgiu a ideia de estampar todas as superfícies. A fim de amenizar o impacto visual do desenho, Gabriel escolheu o mesmo lilás para a cabeceira, a cortina e a roupa de cama. “Este é o lugar da casa que mais me abraça. A luz entra pela porta-balcão e refete as formas da cidade. Observo o escurecer, escuto tudo se aquietar e descanso.” Gabriel convocou o artista plástico Rafa Dejota, que também passeia pelo mundo da moda, para ilustrar as paredes. Depois de dez dias de trabalho, a obra ficou pronta, e o piso de madeira pôde receber pintura epóxi branca, deixando o visual harmonioso. A cabeceira, com gomos de diferentes tamanhos, ganhou revestimento de algodão (Picinini Decorações).Sobre a cama, almofada da Ana Luiza Wawelberg. A poltrona veio de um antiquário, e a cadeira é herança dos avós. Optar por cores que trazem bem-estar na hora do descanso é um começo oportuno para quem quer renovar o quarto. A busca por esse equilíbrio inspirou a arquiteta Patricia Martinez a criar este ambiente de 26 m² para um casal de empresários de São Paulo. “A antiga proprietária do apartamento já tinha uma nuance azul na parede, e eu gostei muito do efeito”, conta a dona. Além da mistura de cores frias – o hortênsia e o cinza da trama do tapete mesclado, sobre o qual o cachorrinho Woody descansa –, entraram em cena o laranja da roupa de cama e o freijó dos móveis, escolhidos a dedo por Patricia. “Combinei elementos vibrantes e neutros para propiciar a tranquilidade desejada”, afrma a arquiteta. Neste espaço tão agradável, a moradora gosta de ler e relaxar. Patricia sugeriu à moradora o tom hortênsia Sensual* (ref. 30BB 54/120, da Coral), que acalma e cria uma sensação de paz, em equilíbrio perfeito com a iluminação indireta e a bela paisagem da foto acima da cabeceira (Mônica Filgueiras Galeria). O mobiliário de freijó faz parte da linha Bardot, da Casapronta. Enxoval e manta da Auping. Acima, almofada de couro da Interni. Abajur Fool, da Lumini. Os vasos da estante são da Interni. Poltrona refletida no espelho da Montenapoleone e tapete da Phenicia Concept. A mobília de pau-ferro leva a assinatura do arquiteto. Espelho e cadeira da Loja Teo. A poltrona branca é da Loja Teo. Mari é apaixonada pelos tons azuis. Fabrício valoriza ambientes de atmosfera acolhedora. Com esses pedidos em mente, o arquiteto Maicon Antoniolli começou a projetar o quarto de 18,50 m². Eis, então, que surge um pilar durante a reforma do imóvel, em São Paulo. “O casal topou na hora quando sugeri deixar esse elemento à mostra, sem revestimento. Ele virou a moldura da área de trabalho”, diz Maicon. Pouco a pouco, o estilo despojado e elegante foi se traçando. No piso, tapetes de estampas diferentes criaram uma gostosa variação de texturas para os pés. A imponente cabeceira acolheu não só a cama mas também as obras de arte. “Queremos aproveitar ao máximo o tempo que passamos aqui, por isso resolvemos dispensar a TV”, afirma a moradora. Cesto da Auping, almofadas listradas do Empório Beraldin e luminária da Mixtape Design. Tapetes da By Kamy. A alvenaria foi descascada, e os graciosos tijolinhos ficaram à mostra. O profissional aplicou uma pátina suave: diluiu uma parte de tinta látex fosca em cinco de água. “Ficou parecendo aquarela”, avalia Maicon.